quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

O dia amanheceu frio,por causa da chuva que deu na madrugada de sabado.Acordei rapidamente com o barulho da chuva caindo no telhado.
Mas dormi novamente,não sonhei,não que me lembre.O dia amanheceu frio como imaginava,sempre achei o frio um acontecimento chato,mas no meu caso tinha coisas piores.
Acordei cedo,olhei para o relógio era umas 8:00 da manhã vi na minha janela uma pequena borboleta batendo no vidro.Lembrei quando papai,me perguntava o que gostaria de ser quando crescesse.
Nossa!! Já quis ser tantas coisas:Bombeiro,Astronauta,Policial...me lembrei e sorri rapidamente.
Meu pai sempre foi um homen de poucas palavras se chorava nunca foi na minha frente.Minha mamãe sempre foi brava,mas amável.Já Bia,não era bem a irmã que gostaria de ter,mas é sempre assim,nunca damos valor no que temos.
Fiquei pensando até que mamãe se levantou da poltrona e me perguntou se estava com dor.
Respondi com a cabeça,ascemando que não!Ela voltou para a poltrona e dormiu mais um pouco.
Voltei aos meus pensamentos.Não queria estar naquele lugar acho que ninguem gostaria.
Já estava há 2 meses,não falava muito,mais observava bastante,foi o que me sobrou.As pessoas aos poucos ia se esquecendo de me visitar ou tinham coisas mais importantes.
O único amigo meu ele ia todos os dias  ao hospital me ver,Mateus mesmo eu não falando muito,as vezes dormindo,ele ficava ao meu lado me dizendo o que fez na aula na minha ausencia,que tinha aprendido a conjulgar um novo verbo.Que quando eu saisse de lá,iriamos na piscina da mortal dentro D'agua.
Ficava horas me dizendo o que tinha acontecido,as vezes,ele me olhava,apenas me olhava.Depois lembrava que se ele não falasse o silêncio permanecia no quarto,até o remédio fazer efeito e eu voltar a dormi.
A hora demorava a passar,minha mãe ainda a dormi.A dor estava voltando aos poucos,as vezes,a minha situação de não ter tido uma infância igual de Bia me abalava mais que as dores.
Queria ter ido aos domingos na casa da vovô,ter comido suas panquecas e depois ir jogar xadrez e quando sentisse sonho,iria dormi até o horário de ir embora.
Queria ter participado do jogo de futebol e da cola da prova de matemática que tinha esquecido de estudar.
Queria ter ouvido aos músicas novas que saia na rádio da minha cidade.
Mas querer,nem sempre é poder.Olhei novamente para o relógio era quase 9 horas.Papai e Bia iriam me visitar meio dia,mas meio dia ainda tava longe.
Voltei a olhar para o vidro da janela,a aborboleta insistia em continuar ali,se machucando ao inves de ir embora,eu não poderia levantar e ir ajuda-lá.
A dor estava mais forte,mas resolvi ser forte e~não chamar mamãe.Fiquei olhando fixamente a expressão cansada de minha mãe,foi ela e Mateus que nunca me abandonaram.
Me deu vontade chorar,mas rapidamente se passou.
Mamãe que me ensinou a andar de bibicleta e a escrever o meu nome,ela que me ensinou a jogar o dentinho em cima do telhado para a fada do dente trazer-me um novo.
Ela que me ensinou a amar.
Eu já estava cansado de ficar naquele lugar sem poder viver normalmente.Olhei novamente para mamãe ,e ela acordou assutada.Me perguntou se estava com dor,disse-lhe que não,mas não era bem isso que acontecia.Pedi a ela aguá,ela me deu.
Me disse que daqui a pouco papai e Bia chegariam para me visitar,Bia me olhava com pena só conseguia descifrar o olhar sem málicia de minha irmã.
A dor aumentou,já era 9:30 mamãe ficou do meu lado.
Quando me viu chorando,já tinha percebido que a dor tinha voltado.Saiu e foi chamar uma enfermeira.
Eu olhei novamente para a pequena borboleta,ela parou de bater no vidro e caiu,mamãe e a enfermeira chegaram no quarto.
Eu fiz o mesmo fechei os olhos e dormi etermamente.Fui aos poucos me desligando do que acontecia ao meu redor.
Eu sabia que estava dando trabalho,mas minha falta deixaria um buraco no peito deles.
Eu sabia, que os domingos,as segundas,os dias,seriam vazios sem minha pequena presença.E Mateus teria que arrumar outro amigo para aprender a conjulgar os verbos e os motais na piscina.
Sou feliz ao que sinto,faço a minha sorte,e aceito feliz quem sou eu.
Tenho certeza que foi o melhor.
Amos voces para meu todo sempre.

2 comentários:

  1. Esplêndido, sucessivamente impressionante, em poucas palavras tenho apenas lhe dizer parabéns.

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