segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Difícil é perdoar quando toda confiança vai se esvaindo entre os dedos, e aquela mão outrora aberta, hoje se fecha sem ter nada para agarrar. Difícil é crer quando os pés não andam sobre as águas, quando elas o afogam, quando não se tem mais ar no peito. Difícil é amar quando todos os motivos o levam para um caminho totalmente oposto, o ódio. Difícil é levantar a bandeira branca, e todos em sua volta levantam as armas como sinal de força. Ser corajoso é andar desarmado de todos os medos. Difícil é ter ânimo quando a tristeza bate à porta do coração pedindo abrigo. Difícil é manter-se em pé quando as pernas estão bambas, não por amor, mas por fraqueza. Não basta só estar prestes a cair, ainda irá aparecer alguém para jogar pedras. Remar contra a maré, andar no sentido oposto, dar a outra face para bater em vez de levantar a mão, sempre será uma tarefa quase impossível. Será trabalhoso, o cansaço por tentar pela milésima vez vai abater todo o corpo, vai sugar toda a esperança. Existe sempre o mas, contudo, porém. Esses conectivos trarão infinitas possibilidades de um novo começo, de uma nova estrada. É um ciclo, as forças são renováveis. As nuvens carregadas irão passar, e o céu limpo estará disponível novamente.





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